segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Nuvem chuvosa


O vento jorrava a areia avermelhada da obra da prefeitura na avenida, e arrastava folhas recém caídas das árvores com galhos bamboleantes, envolvendo também meu corpo que se direcionava para casa passando agora pela passarela sob a avenida que parecia cheia e vazia.
Observei novamente a avenida e vi muito movimento, mas ao olhar o céu, me deparei com uma núvem chuvosa que sobrepunha tudo; isso fez com que a multidão parecesse tão indiferente que se tornava insignificante em meio a tanta grandiosidade.

Grandiosidade. Isso me lembra universo, melhor que grandiosidade, universo me lembra infinito. Essa infinitude tem uma força tão intensa que, em meio a um desequilíbrio natural, a possibilidade de que tudo torne-se nada é grande e em segundos a vida passa a ser morte, num suspiro. Sendo assim ou de qualquer forma, a vida é um ciclo com final e exatamente por isso deve ser vivida, melhor que vivida, ser intensa, tão quanto a força de tudo o que nos cerca, talvez mais até do que se julga ser intenso.

Intensidade não é descontrole quando tem dicernimento, quando se sabe o que deve ser lembrado. Os momentos felizes parecem passar como raios, enquanto os de dificuldade durar uma eternidade. Isso acontece pelo fato de não se viver com intensidade a felicidade e sim o sofrimento.

Tudo o que se vive com intensidade se petrifica na memória. E quando o ciclo estiver chegando ao fim, para que tudo tenha valido a pena, necessita-se que momentos felizes façam parte de nós.

A intesidade pode se concentrar numa palavra, num amor, numa tarde, num olhar ou mesmo numa reflexão obtida sob uma ventania de temporal, e ela deve, principalmente, fazer parte de cada sorriso.




segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Um outro olhar.


Para muitos é uma consequência, um merecimento. Já outros a julgam um direito e alguns mais um valor ilusório; a liberdade é por vezes pintada pelas mãos da mídia nos olhos da verdade deixando-a cega; tanto inclusa nas idéias como em discussões, tão relativa que chega a ser indefinida, ao invés de um conceito real e universal.
São tantos olhares focados nela...

Na sociedade atual, pelo simples fato de ser a mesma, é dotada de regras, imposições necessárias para uma suposta harmonia, ordem e progresso. Mas, esses porquês nem sempre têm uma resposta, as pessoas que se dizem sem fronteiras sempre afligem as regras do jogo, causam discórdia, conflitos e são punidas por seus atos incovenientes á ordem.
Concluindo, a liberdade é algo impossível, não passa de ilusão, pois se é feito o que vem na cabeça e isso não segue o manual de comportamento,vem a punição. É quando o limite da liberdade é atingido. Antagonismo? Mas então o que é liberdade nessa libertinagem caótica resultante de tantas ordens?
Primeiro se acredita em algo para depois simplismente afirmar que ele nunca existiu?
Errado. Pois chega de verborragia.

A liberdade não exige muito para decolar do mundo ilusório, para passar a ser o que diz a definição: "faculdade de cada um decidir ou agir segundo a própria decisão", no mundo real, nessa sociedade.
Ela exige apenas duas coisas - sabedoria e equlíbrio. Sim, não é fácil, mas agora ela se torna possível. Só aquele que tem esses dois ítens é capaz de adquirir a liberdade, abrir o pacote fechado por tantos conceitos pré-concebidos e desfrutar de seu conteúdo bem mais que tangível apenas.

E quem faz o que "vem na cabeça" é escravo de seus instintos, não é livre.
A afirmação de que todos podemos contradiz o início do texto, mas é um outro olhar.
Cabe á cada um aderir o que acha real.

Talvez, a sociedade ainda não saiba o que é ser livre.

Fiquem com uma frase de Sakyamuni:

"O homem não precisa de muito para ser livre porque a liberdade está dentro dele".

PS:
Peço desculpas pelo longo intervalo entre as postagens, o motivo é a época de provas e o resultante tempo escasso :)


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